CASSI conquista 1º e 3º lugar no Prêmio Saúde Unidas
A CASSI conquistou o primeiro e o terceiro lugar no Prêmio Saúde Unidas 2025, por apresentar soluções em saúde que geraram importantes benefícios para participantes e Instituição. Uso de IA para prever e evitar agravos de saúde foi um dos destaques e a atuação conjunta de médico e farmacêutico de CliniCASSI, para evitar internação causada por interação de medicamentos, outro. O resultado foi anunciado durante o Congresso Unidas, que iniciou na quarta-feira e se encerra nesta sexta, em Salvador, reunindo operadoras de autogestão em saúde.
O primeiro colocado na premiação mostrou como a CASSI conseguiu reverter o aumento de complicações de saúde e hospitalização, traduzidos em queda das despesas associadas a uma parcela da população, ao desenvolver método para prever o surgimento de doenças crônicas ou agravos dessas condições de saúde em um grupo de participantes. Com isso, a Instituição antecipou a oferta de cuidado específico e, em vez do crescimento exponencial provável dos gastos assistenciais, constatou queda de 19% para esse grupo.
O passo inicial foi identificar os participantes que, sendo menos de 1% da população CASSI, foram responsáveis por 70% do aumento das despesas assistenciais entre 2021 e 2022, e analisar o histórico de uso dos serviços de saúde dessas pessoas nos anos anteriores. Com isso, a CASSI entendeu o que aconteceu antes de chegarem a impactar as despesas e obteve, então, o perfil dessa população. Usou inteligência artificial para procurar, na base de participantes, pessoas com as mesmas características identificadas naquele 1% antes de esse grupo intensificar uso de serviços de maior complexidade e consumo de recursos.
Foram identificadas 8.081 pessoas com o mesmo perfil, 96% idosas e 76% com doenças crônicas e elas passaram a ser acompanhadas de perto pelas unidades CASSI nos respectivos estados. Em um ano, a despesa média dessa população caiu 19%. Antes desse acompanhamento, o mesmo grupo tinha aumentado em 45% a despesa média per capita em um ano. O vínculo dessa população com a atenção primária à saúde (APS) nas CliniCASSI também aumentou significativamente no período: o percentual de acompanhados pelas CliniCASSI, nesse grupo, passou de 12% para 40%.
Com esse estudo, a CASSI comprovou a eficiência do método desenvolvido para identificar alta probabilidade de agravos futuros e se antecipar nas ações de prevenção. “Observamos o passado, estudamos o padrão e usamos IA para identificar precocemente pessoas de maior risco de impactar a variação futura das despesas e orientar ações assistenciais personalizadas, com olhar no participante”, detalha Antônio Cipriano Neto, gerente de Gestão do Risco Populacional da CASSI e um dos autores do trabalho, ao lado do gerente executivo de Risco Populacional, e Frank Ney Souza (à esquerda na foto), e do estatístico Carlos Wilson de Barros.
Farmacologia em idosos
No estudo de caso que levou o terceiro lugar na premiação, a CASSI confirmou a efetividade da interconsulta, envolvendo médico e farmacêutico da CliniCASSI São Luís, para reverter problemas de saúde causados pelo uso de vários medicamentos. Nesse caso, uma participante de 82 anos chegou com queixas que indicavam baixa do sódio no organismo (hiponotremia), que pode levar à convulsões, fraqueza e exigir internação e terapia intensiva no caso de idosos.
Juntos, os dois profissionais avaliaram os sete medicamentos usados pela paciente para entender quais poderiam estar gerando os sintomas individualmente ou pela interação entre eles. Identificaram, por exemplo, mais de uma medicação para um mesmo problema de saúde, indicado por diferentes médicos. Fizeram ajustes, retirando alguns, substituindo outros e indicando horários adequados. Um mês depois, a paciente estava com as taxas de sódio normalizadas. Também haviam desaparecido outras duas queixas apresentadas por ela, insônia e constipação, que o médico e a farmacêutica levaram em conta para os ajustes das medicações. Além de evitar o agravo do quadro e consequente internação da paciente, a alternativa apresentada pela CliniCASSI evitou custo da hospitalização, incluído no estudo de caso.
“Calculamos o custo de uma diária em um dos hospitais da rede credenciada para tratar a hiponatremia em idoso com as condições dessa participante, que exigiria acompanhamento em UTI, que chegariam a R$ 3.910,02 por dia, e itens usados no atendimento realizado pelos nossos profissionais de atenção primária, que representaram R$ 49,37”, destaca a gerente de Atenção à Saúde da CASSI Maranhão (MA), Erika Carneiro. Ela é uma das autoras do estudo de caso, junto com a farmacêutica Camila Noleto (à direita na foto) e o médico de família Marcelo Bonates. “A atuação conjunta da equipe multiprofissional na atenção primária à saúde aumenta a segurança da farmacoterapia, previne complicações e reduz internações evitáveis. Portanto, a atuação integrada é estratégica para o cuidado eficaz de pacientes crônicos”, conclui o estudo premiado. Esse mesmo monitoramento é oferecido a todos os pacientes que usam múltiplos medicamentos nas CliniCASSI.
Foto: o gerente de Risco Populacional, Frank Ney, o Diretor de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento, Fernando Amaral, e a farmacêutica Camila Noleto