Publicado em: 30/05/25

A CASSI que cuida do Rapha

Raphael Andrasy Ibarra ainda não tinha dado os primeiros passinhos quando a mãe seguiu, hipnotizada, outro menino que, com as mesmas características do filho, andava livremente pelos corredores de um shopping de Brasília. Era início de 2002 e Monica Andrasy não pôde evitar seguir aquele garotinho, ainda que o pai do Rapha tentasse removê-la da ideia. Só se deteve quando alcançou a criança e os pais, em uma loja, e ela finalmente conseguiu matar a curiosidade: “Precisava entender como aquele menino com a mesma síndrome do meu era tão desenvolto!”, diz Monica, na época funcionária da ativa do Banco do Brasil na capital federal.

Diante da outra família, a surpresa: assim como ela, os pais do menino também eram funcionários BB associados à CASSI e contaram sobre a existência do programa de acompanhamento para pessoas com deficiência oferecido pelo plano. Sem perder tempo, Monica procurou a CliniCASSI e assim conheceu o Bem Viver. Com isso, se intensificaram as terapias para Rapha, hoje com 24 anos e totalmente ativo na rotina de modelo, ator e, recentemente, influenciador digital.

Fisioterapia, equoterapia, hidroterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicomotricidade, psicoterapia, psicopedagogia, oferecidos por meio do Bem Viver, fizeram parte da rotina de Rapha em diferentes fases e idades. Sem falar até perto dos quatro anos, os pais, ainda receosos, tiveram a garantia da fonoaudióloga: “quando começar, vai explodir”, recorda o pai de Rapha, Ricardo José Ibarra. Não deu outra, como confirmam os vídeos diários nas redes sociais e a desenvoltura dele na participação em eventos.

Veja o que Rapha e a mãe falam sobre o programa Bem viver, da CASSI.

Incentivado pela mãe, filha e neta de artistas circenses, Rapha estudou teatro durante sete anos, o que deu o impulso para a atuação que virou profissão. Em 2023, gravou o primeiro longa-metragem, Colegas e o herdeiro que deve ser lançado neste ano no Festival de Gramado e chegará às plataformas de streeming, garantindo a ele o registro como ator. “Coloquei tanto o Raphael como a irmã no teatro. Ela não quis seguir, ele, sim, e levava muito a sério. Não faltava no teatro de forma nenhuma, nem quando estava doente deixava de ir. Em programas culturais, colocava Rapha no palco, com artistas, e ele dançava muito à vontade. Identifiquei que tinha habilidade e ele sempre demonstrou isso.”

Influenciador digital

Autonomia e inclusão são temas recorrentes do perfil de Rapha, que viu sua conta em redes social aumentar em mais de 15 mil seguidores nas primeiras semanas em decidiu profissionalizar seu perfil. A mãe foi atrás de uma agência e Raphael passou a se dedicar intensivamente à produção de conteúdo. Grava sobre rotina de trabalho como modelo, palestrante e ator, fala do namoro e, como não poderia faltar, dancinhas, comprovando que o menino, que desde criança gostava de palco, continua ali!

“Resolvemos apostar neste sonho dele entendendo que era hora de sair do amadorismo, e ele está realizado”, garante Ricardo, se referindo à contratação de equipe profissional para cuidar dos perfis do filho nas redes, sugerida pela mãe. Agora, a agenda de Monica, que mora com o filho em São Paulo, é ditada pelos compromissos do mais famoso da família. O pai, que vive em Brasília, viaja para a capital paulista para acompanhar as atividades de Rapha quando consegue.

“Valeu a pena”

“Rapha é da primeira geração que as pessoas entenderam que quem tem síndrome de down têm um papel na sociedade. Vendo meu filho hoje, entendo que valeu a pena todo sacrifício. É preciso acreditar que as pessoas com down podem chegar lá!”, exclama Ricardo. Ele foi o primeiro a ter a notícia sobre a síndrome do filho, minutos após o parto, pois o pré-natal não havia revelado essa condição. E lembra, com dor, a forma como o médico deu a notícia. “Disse que se ele andasse e pudesse ir à escola deveríamos ficar felizes. Essa frase dele ficou marcada em mim”. O nome do profissional o pai nem se recorda. O das terapeutas que acompanharam o garoto pelo Bem Viver, sim: Marta Rosa, Helena, Iracilda…

Com nove dias de idade Rapha já iniciou a estimulação precoce na rede pública de Brasília. Sempre estudou em escola regular, com apoio no contraturno. Encorajado a fazer tudo sozinho, assim como a irmã, 10 anos mais velha, criados da mesma forma, garante a mãe, que foi educadora do BB e, após o nascimento do filho fez pós em educação inclusiva.

Do “milagre” à fama

Rapha também contou com o apoio da CASSI em outro momento mais recente, dramático para a família. Uma endocardite o deixou 60 dias internado, dos quais 40 em UTI, com entubação, infarto, embolia pulmonar e necessidade de troca de valva mitral. “Foi um milagre ele ter sobrevivido”, diz Monica.

No retorno à vida normal, “as portas começaram a se abrir” profissionalmente, para tornar concreto o sonho de ser ator e modelo. Já na primeira grande campanha, para uma loja de departamentos em comemoração ao Dia dos Namorados de 2023, ele conquistou mais de 700 mil visualizações posando ao lado da então namorada, também modelo com síndrome de down. Desde então, participa de campanhas para confecções de São Paulo e agora está se dedicando à produção de conteúdos e geração de engajamento, sob orientação de agência.

Atualmente, Rapha faz psicoterapia, psicomotricidade , para recuperar de sequelas de internação longa, e psicopedagogia. E retomará as sessões de fonoaudiologia para melhorar a fala e facilitar a carreira profissional que ainda inclui participação em eventos e palestras.

Vida pessoal

Além da carreira, o desejo é obter autonomia financeira, com o trabalho, para realizar o sonho: “Morar com a Laura”, a atual namorada que ele conheceu na adolescência, quando morou em Ribeirão Preto. Enquanto esse momento não chega, o namoro segue com encontros nos finais de semana, quando viaja sozinho para a cidade dela, ou a recebe em São Paulo e a leva para sambas, pagodes, encontros com os amigos que fez gravando o filme Colegas, o herdeiro.

Gratidão

“Trabalhei por 30 anos no BB e sou eternamente grato ao Banco, dei o meu melhor e sigo fiel, como cliente, como forma de demonstrar gratidão à empresa que estendeu a mão para mim e minha família. A notícia de uma síndrome de um filho nos faz ficar sem chão no primeiro momento, isso impacta até a produtividade. Por isso as condições, como as oferecidas pelo Bem Viver, mostram que a empresa se preocupa. E mesmo quem não precisa de atendimento especializado sabe que, se tiver necessidade, tem o um programa com que contar”, diz Ricardo.

“Devo muito à CASSI e ao BB. Ele não teria o desenvolvimento que teve sem isso [o apoio para as terapias oferecido pelo Bem Viver]”, acredita Monica, que nos 24 anos de atuação no BB e seis em coligadas do Banco também contribuiu para dar oportunidade a jovens com síndrome de down na função de jovem aprendiz.

Para saber mais sobre o Rapha, siga @raphaandrasy e aguarde o lançamento do filme Colegas e o herdeiro

Sobre o programa Bem Viver, procure a CliniCASSI mais próxima